Cotidiano

Greve dos metroviários começa com transtornos para passageiros

O primeiro dia da greve dos metroviários dificultou a mobilidade na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta quinta-feira (3). A paralisação afeta cerca de 180 mil usuários que dependem do modal para chegarem ao trabalho ou demais compromissos. A reportagem da Folha de Pernambuco percorreu as principais estações.

Na Estação Central do Recife, no bairro de São José, alguns passageiros sequer sabiam da greve, como é o caso do vendedor de automóveis Ronald Arthur, 22 anos.

“Eu pego o metrô todos os dias, porque eu trabalho em Afogados [na Zona Oeste do Recife]. Vou ter que me desdobrar de alguma forma para chegar lá, andando até à rua do Sol para poder pegar outro ônibus que vá sentido Afogados”, disse ele, que também afirmou estar atrasado.

Por causa da greve, o Grande Recife Consórcio de Transporte ativou um plano de contingência, que inclui a operação de três linhas especiais e o reforço na frota ou viagens em outras — confira aqui todos os detalhes.

Uma das pautas da greve é a não privatização do sistema. Ronald é de acordo com a desestatização, porém aponta prejuízos, caso isso aconteça.

“Eu acredito que privatizar pode ser a solução, porque pode melhorar a situação do atendimento, mas pode ser um problema, porque colocar nas mãos de uma empresa privada pode acabar subindo tarifa e gerando um contratempo para o trabalhador”, finaliza.

Estação Recife com bilheterias fechadas por causa da greve dos metroviários (Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco)

A copeira Maria Lúcia trabalhou 12 horas e teve que optar por algum ônibus para chegar a Jaboatão Velho, onde mora. “Eu vou ter que pegar três ônibus. De metrô eu levo uns 30 minutos, mas de ônibus eu vou chegar lá pro meio-dia. Deveria ter um entendimento antes de ter essa greve. O trabalhador que sempre paga a conta”, pontuou.

Sobre a greve
A paralisação foi aderida na noite de ontem, em assembleia da categoria, que pede melhores condições de trabalho, o cumprimento de um acordo coletivo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e abano privatização do sistema.

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